Amplo
mercado de trabalho e oferta limitada de profissionais. Para complicar esse
quadro, há baixo preparo dos recém-formados na área.
A situação
preocupante das ciências contábeis pode ser avaliada pelos resultados do exame
de suficiência em contabilidade e do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
(Enade).
Desde o
início de 2011, a aprovação no exame de suficiência é exigida para obter o
registro profissional e atuar legalmente na área. Promovida pelo Conselho
Federal de Contabilidade, a última edição da prova, realizada em março, teve
índice de aprovação de 47,2% para bacharel em ciências contábeis e 35,4% para
técnico em contabilidade.
De acordo
com o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo
(CRC-SP), Luiz Fernando Nóbrega, o índice aceitável de aprovação seria de 70%.
Prazos.
"É um reflexo da qualidade do ensino e do empenho do aluno", diz. Para
ele, o fato de a obrigatoriedade do exame ter menos de dois anos de
implementação, leva muitos estudantes a só se preocupar a se empenhar com
seriedade já no meio do curso, quando é tarde demais.
O último
dado do Enade divulgado pelo Ministério da Educação sobre a formação em
ciências contábeis diz respeito ao exame de 2009.
Do total de
6.804 graduações oferecidas no País, apenas nove apresentaram conceito 5, nota
máxima na avaliação. Os cursos que ganharam notas 1 ou 2, consideradas
insatisfatórias, representam 31% do total. Nóbrega acredita que parte do
problema está na guerra de preços entre as faculdades.
"O
importante não é só o preço do curso, mas a qualidade. Nós que somos da área
contábil sabemos que há um limite para baixar o custo. Chega-se a um ponto que
cai a qualidade. Duvide de um preço muito baixo, talvez a qualidade não seja
satisfatória", afirma.
Fonte:informaçãocontabil
Fonte: Estadão.
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