Trecho extraído do portal de auditoria.
Boa leitura...
Capacidade Técnica e Relações Humanas
Existem
duas dimensões básicas na execução do trabalho. Uma delas é a preocupação com a
produção, a outra é a preocupação com as pessoas.
A
parte do trabalho relativa à produção depende do know-how técnico a respeito de
matérias como: contabilidade, matemática, auditoria, administração e outras. O
Auditor deve ser tecnicamente competente.
Porém
quase tudo que fazemos exige que trabalhemos com outras pessoas. O Auditor
Interno lida muito com pessoas e precisa delas para executar um bom trabalho. Um
Auditor bem sucedido tecnicamente deve também ser competente para lidar com
pessoas nos mais variados níveis, desde Diretores até simples
funcionários.
Não
existe conflito entre essas duas preocupações. Pelo menos não deveria existir.
Mas algumas pessoas erroneamente acreditam que não é possível atingir um bom
resultado técnico sem pressionar alguém para obter resultados.
Essas
pessoas tendem a pensar:
· Executarei
o meu trabalho mesmo que eu tenha que intimidar outras pessoas para fazê-lo,
ou:
· Não
permitirei que as exigências de apresentar certa produção interfiram no meu
relacionamento com as quais tenho que trabalhar, ou:
· Manterei
um acordo com as pessoas com as quais tenho que trabalhar: recuarei onde for
necessário para evitar ofendê-las.
Na
verdade, nós devemos encontrar uma maneira de executar o trabalho dentro dos
prazos determinados apresentando um produto tecnicamente correto e
principalmente manter um bom relacionamento com as pessoas das áreas
auditadas.
Caso
contrário teremos o trabalho frustrado por informações incorretas, irreais e sem
fundamento.
Alguns
auditores podem obter esta cooperação dos auditados através da força da própria
personalidade ou através de uma postura de empatia que faz com que as pessoas
sintam vontade em prestar informações.
Mas,
todos os auditores devem ter bem claro em suas mentes a arte e ciência da
comunicação, bem como a máxima “o que abre ou o que fecha os canais de
comunicação”.
A
verdade é que tudo o que fazemos o nosso comportamento, a nossa maneira de
vestir, a nossa aparência pessoal e nossos hábitos, sempre, comunicam alguma
coisa.
Uma
escolha infeliz de palavras, de se arrumar ou de se expressar, que seja
conflitiva com as expectativas do auditado pode ser interpretado por ele de uma
maneira completamente diferente daquilo que esperávamos, criando um obstáculo
desnecessário à execução do trabalho.
Barreiras
na Comunicação
Todo
auditor naturalmente já sentiu na própria pele o desgaste causado por aquele
esforço em contornar situações embaraçosas encontradas durante o trabalho: o
documento pedido há duas semanas não é encontrado, o gerente que não tem tempo
para atendê-lo, informações incompletas, etc...
Mas
qual será o motivo causador dessas situações? Quem será o responsável por essas
situações: o auditor ou o auditado?
A
lista de motivos que podem atrapalhar o relacionamento entre o auditor e o
auditado é enorme:
O
Medo do Auditado
O
auditor é freqüentemente temido pelo auditado. Ele representa na mente de muitos
administradores e seu pessoal, um crítico, uma ameaça a sua segurança. É um
desconhecido que pode afetar negativamente seu status individual, o bem estar e
seu serviço.
Quando
se encontra a primeira vez com o auditor, a idéia inicial do auditado é de
impressionar o auditor, evitando um ataque antecipado. O comportamento do
auditado é ficar na defensiva até que o auditor, deliberadamente, mas com
discernimento, rompa a barreira dessa defensiva.
Atitude
de Superioridade por parte do Auditor
Isso
pode levar o auditado a pensar que o auditor não precisa de ajuda de uma pessoa
franca, que o auditor veio para competir e não colaborar com a área
auditada.
Nesse
caso, o auditado bloqueia ou esquece a finalidade da auditoria e concentra seu
pensamento na competição com o auditor ao invés de lhe fornecer a informação
necessária ao seu trabalho.
Saudações.
Fonte:www.portaldeauditoria.com.br