Mais um artigo do excelente Júlio César Zanluca.
A
realidade tributária brasileira é notoriamente complexa, sendo um dos
componentes do chamado “custo Brasil”.
Existem dezenas de tributos exigidos em nosso país, entre
impostos, taxas e contribuições (veja a lista completa em www.portaltributario.com.br/tributos.htm).
O excesso de tributação inviabiliza muitas operações e cabe ao
administrador tornar possível, em termos de custos, a continuidade de
determinados produtos e serviços, num preço compatível com o que o mercado
consumidor deseja pagar.
Não obstante, há ainda a edição de grande quantidade de normas que
regem o sistema tributário, oriundas dos 3 entes tributantes (União, Estados e
Municípios).
Cálculos aproximados indicam que um contabilista, somente para
acompanhar estas mudanças, precisa ler centenas de normas (leis, decretos,
instruções normativas, atos, etc.) todos os anos.
E
ainda, há dezenas de obrigações acessórias que uma empresa deve cumprir para
tentar estar em dia com o fisco: arquivos digitais, declarações, formulários,
livros, guias, etc.
Se não bastasse este caos, existe ainda o ônus financeiro direto
dos tributos, que tomam até 40% do faturamento de uma empresa. Somente o ICMS
pode tomar 18%, o IPI, 10%, o PIS e a COFINS, até 9,25%, além do Imposto de
Renda, Contribuição Social sobre o Lucro, INSS, FGTS, Contribuição Sindical,
IPTU, IPVA, etc.
Desta forma, o grande volume de
informações e sua contínua complexidade acabam dificultando a aplicação de
rotinas e o planejamento. As pessoas responsáveis pelo setor de tributos das
empresas dispõem de pouco tempo pode dedicar ao estudo das legislações
pertinentes, resignando-se ao cumprimento das rotinas e recolhimento dos
tributos, às vezes de forma imprecisa ou incorreta.
Aliado a isto, note-se que numa
empresa de porte média, várias pessoas, além das que estão diretamente
trabalhando no departamento fiscal, envolvem-se com rotinas associadas a
tributos. Um exemplo é o pessoal do faturamento, que emite notas fiscais e
calcula impostos.
Portanto, a adoção de uma metodologia
de trabalho, de forma regular e planejada, pelo menos dará condições á empresa
de buscar nas pessoas envolvidas o melhor de seus conhecimentos e percepções,
para enfrentarem o “dilúvio tributário” a que estão sujeitas
diariamente.
Fonte:www.portaltributario.com.br