segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Auditoria Interna e Governança Corporativa

Auditoria Interna ainda é pouco inserida nas práticas de governanças em empresas de capital aberto.

Excelente artigo publicado por Gustavo Amaral de lucena, onde ele retrata a importância da auditoria interna nas instituições.  

A crise de crédito global e os acontecimentos mencionados recentemente no Brasil em empresas de capital aberto têm servido para aumentar a atenção ao ambiente de governança corporativa das empresas.
Governança é a combinação de processos e estruturas que a gestão de uma entidade tenha implementado a fim de prestar informações, orientar, controlar e monitorar as atividades de sua organização com vista a alcançar os seus objetivos. A função de auditoria interna é uma parte integrante desse processo de governança, que vai além dos processos e estruturas de gestão de riscos, de compliance e de controles internos. Estabelecer as responsabilidades e tarefas da auditoria interna, bem como outros temas, é sempre responsabilidade do conselho de administração. Este é monitorado pelo conselho fiscal (possivelmente delegado a um subcomitê, como o comitê de auditoria).
Os comitês de auditoria e os demais conselhos precisam desenvolver uma visão de governança que esteja em sintonia com a natureza, o tamanho da indústria e a complexidade da sua organização, a fim de determinar qual é a medida certa da sua governança e como esta será cumprida e, em seguida, dar início a discussões com a administração da organização a esse respeito. Deve haver uma combinação de responsabilidade entre as três linhas de defesa da governança, que são gestão de riscos, auditoria interna e compliance.

Da mesma forma, os departamentos de auditoria interna dessas organizações devem dedicar maior tempo aos programas de auditoria de governança corporativa, desde o seu desenvolvimento até o seu cumprimento em linha com a natureza, o tamanho da indústria e a complexidade da sua organização.

Somente assim, e de forma independente, as empresas com princípios de governança corporativa implementados e divulgados ao mercado poderão formular suas opiniões de forma explícita e clara sobre o seu ambiente de governança por meio de linhas diretas de comunicação com o comitê de auditoria, o conselho de administração e a presidência; incentivar o conselho fiscal (e particularmente o presidente e os diretores de riscos e de compliance) a disseminar a importância das funções de risco e de controle no âmbito governança; estreitar o relacionamento das gerências operacionais com os membros dos conselhos; cooperar mutuamente no intercâmbio de informações com as demais áreas de controle e de gestão de riscos; formular consultas formais e informais de temas de interesse e preocupação dos membros do conselho/comitê nos diversos níveis operacionais e de gestão da organização; e aumentar a proximidade física dos membros do conselho/comitê, por meio da auditoria interna, de modo a reforçar a comunicação informal com os gestores das áreas operacionais.
Gustavo Amaral de Lucena é fundador e diretor de Produtos e Desenvolvimento do Instituto de Compliance e Integridade Corporativa (ICIC) e diretor da Consultoria de Governança, Gestão de Riscos e Compliance da PwC.
Fonte: http://www.grcnews.org

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